Quis amar mas não me deixaram, cortaram-me a frase a meio.
Tentei, mas não consegui que a minha vontade fosse mais livre que a ditadura do meu medo.
Queria cantar alto, mas calei-me, sabia que alguém cantaria melhor.
Tentei acompanhar o ritmo dos teus passos, mas eras mais rápido que eu, o caminho que me deixaras era traiçoeiro...tropecei.
O pedaço de papel, com uma nota rabiscada que te deixei...eu, concerteza, teria guardado para ler e reler... encontrei-o no lixo. Com um simples gesto deitaste-o fora, mas não sem o rasgar primeiro. Quando o vi, descartado junto do resto da varredura, neguei aos meus olhos alertarem-me à verdade. Desculpei o teu desprezo, convencendo-me que estava a ser mesquinha.
Hoje que estou feliz; Depois de meses de silêncio, falas-me, como se tivesses sentido saudade da minha dor.
...Corto-te a frase a meio.
Thursday, 26 March 2009
Subscribe to:
Post Comments (Atom)
4 comments:
Há uma tristeza plácida neste sentimento remoido. O que lamento. Mas há também um reencontro com a vida, com um desejo de amar e ser amada. O que festejo. Porém digo-te: há temas sobre os quais não faço lamentos nem procuro saídas. Um deles é sobre o amor e os seus atalhos. O outro é sobre a felicidade e os seus caminhos. Não consigo encontrar um sem me cruzar com o outro. Amar é ser feliz. É isso que eu espero, no futuro. Que sejas feliz.
brilliant. And Ohmygod did he really do that?
Adoro que acabes esta pérola da literatura nacional (sim porque a escrever assim és claramente muito tuga) como a começaste... é engenhoso técnico e muito sentido. Não me passaste sofrimento, indignação talvez... acima de tudo muita clareza de raciocínio! a tua escrita é clara e cuidada e acho que faz jus à tua grandeza interior.
I wouldn't change a thing... I wish I didn't understand you so well... but I do.
The only good part of it is that I can assure you this will pass... by and faraway...;)
Lov ya
Post a Comment